A etapa entre o Carregal e o Parque da Saldida coincide em quase toda a sua extensão com a Etapa 3 | Cais do Carregal (Ovar) » Cais da Béstida (Murtosa), da GR57. Um troço marcado pela diversidade paisagística e pela exuberância decorativa de Ovar, a “Cidade Museu do Azulejo”. Ironicamente, ao contrário do que se possa esperar, os azulejos que animam com cores e padrões as fachadas dos edifícios e as ruas da cidade, não foram fabricados aqui, mas mais a norte, nas grandes fábricas de cerâmica de Vila Nova de Gaia, sobretudo nos séculos XIX e XX. A moda azulejar terá aqui surgido por influência de ovarenses emigrados no Brasil e, além de embelezar as fachadas das casas, teria a determinante função de impermeabilizar os edifícios face à constante humidade Atlântica. A etapa ruma a sul, primeiro atravessando uma estrada florestal, com ciclovia disponível até à passagem do rio Gonde, e depois percorrendo as margens da Ria de Aveiro, de esteiro em esteiro, de cais em cais. No troço que bordeja a ria junto à centralidade do Bunheiro, justificam-se pequenos desvios para visitas à Casa-Museu Custódio Prato, à Capela de São Gonçalo, à Capela de São Simão e, finalmente, à Capela de São Silvestre. Depois da Ribeira do Mancão, o percurso entra numa área urbana, em plena centralidade da vila da Murtosa. A COMUR-Museu Municipal, que exalta a indústria conserveira murtoseira de enguia em molho de escabeche, única em toda a península ibérica é ponto de visita obrigatória, antes da chegada ao Parque da Saldida, coração verde, que une as centralidades de Pardelhas, da Murtosa Velha e do Monte.
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